sexta-feira, 28 de junho de 2024

REFLEXÃO DO DIA 28.06.24

Na seara da vida há lavradores de toda espécie ou de toda classe. Existem aqueles que compram o campo e exploram-no, através de rendeiros ou meeiros, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos. 

Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao sol o fracasso da sementeira que não vigiam; somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos sem qualquer atenção para com o trabalho que lhes diz respeito.

Temos diversos que falam e consomem seu tempo com inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis da sua má plantação. Vemos numerosos acusando a terra de incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a benção da gota d'água e o socorro do adubo.

A natureza, no entanto, retribui a todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento. Mas o agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto, tal qual ocorre na lavoura do espírito.

Ninguém logrará o resultado excelente sem esforçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo. 

Paulo de Tarso, escrevendo numa época de senhores e escravos, não nos diz que o semeador distinguido pelo imperador ou o mais endinheirado, seria o legítimo detentor da colheita, mas asseverou, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as vantagens da boa e bem cuidada seara.

Assim, a partir desta sexta-feira, procuremos nos dedicar à boa semeadura e ao zelo do plantio, para o incessante acúmulo de frutos a garantir a alimentação terrena do corpo e a eterna glória do espírito.

Pensemos nisso!


Um abraçaço!

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