sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Como sempre tentam inverter a narrativa de ato golpista no dia 7 - Marca registrada Bolsonarista

As convocações para manifestação no Dia da Independência são recheadas de apelos autoritários e antidemocráticos, mas querem convencer que é um ato em favor da liberdade e da Constituição.

Além do discurso supostamente democrático, a convocação para o 7 de Setembro é marcada pela estratégia de concentrar os atos em Brasília e São Paulo, uma vez que o Bolsonarismo não tem forças na maioria das Regiões do Brasil. A orientação aos militantes é promover um ato local apenas se não houver condições de viajar para os palcos principais.

Bolsonaro anunciou que comparecerá aos atos em Brasília, pela manhã, e em São Paulo, à tarde. Para satisfazer o desejo de “encher a Esplanada dos Ministérios e avenida Paulista”, resultando em imagens com multidões expressivas, caravanas bancadas por alguns empresários Bolsonaristas sairão de outras cidades e estados.

Para financiar o aluguel de ônibus e pacotes de viagem, proliferam nas redes sociais chaves Pix de grupos bolsonaristas para a coleta de doações. Os pacotes anunciados são semelhantes aos turísticos, até com camiseta e lanche. A maior atração propagandeada é a presença do presidente.

As bandeiras da manifestação incluem ainda um apanhado de batalhas ideológicas travadas pelo presidente, como a adoção de voto impresso, o combate ao comunismo.

A mobilização é um esforço conjunto de grupos como milicianos, evangélicos, ruralistas, policiais e caminhoneiros. Movimentos sociais, entidades de classe e líderes desses setores assumiram a tarefa de convocar apoiadores.

As palavras em público são bem diferentes das que vêm sendo ditas nos bastidores, como mostrou a gravação do cantor Sérgio Reis que se tornou conhecida por todos nós. Nela, o artista falava da preparação de uma greve de caminhoneiros para a semana do 7 de Setembro e fazia ameaças.

"Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras [ministros do STF], nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra", disse Reis, em conversa com um amigo que depois circulou nas redes sociais.

O cantor e outros nove bolsonaristas identificados como articuladores acabaram sendo alvos de uma operação da Polícia Federal. Ao pedir os mandados de busca e apreensão, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse se tratar da preparação de um levante "com atos criminosos e violentos de protesto".

A tensão se elevou com a expectativa da participação de membros das Polícias Militares. O governo João Doria (PSDB-SP) afastou um coronel da PM que fez convocação para os atos. Doria alertou outros governadores sobre a chance de apoiadores de Bolsonaro saírem às ruas armados na ocasião.

Embora as convocações para o 7 de Setembro tenham origem na mobilização do voto impresso, a questão perdeu força com a derrota do tema na Câmara dos Deputados. Já os planos expostos por Sérgio Reis ganharam protagonismo e ainda ecoam nas redes bolsonaristas, apesar da ação da PF.

A ideia alardeada é que grupos bolsonaristas acampem em Brasília e caminhoneiros entrem em greve até que um pedido de impeachment dos ministros do STF seja aprovado pelo Senado.

Mas, apesar da tentativa de movimentos e organizadores de evitarem que a manifestação seja vista agora como autoritária, bolsonaristas na ponta reivindicam o resgate de causas que nortearam atos desde 2020, como o apelo por dissolução do STF e do Congresso e o clamor por intervenção militar.

Em grupos de aplicativos de mensagens, há desde apoiadores que endossam o estilo mais light ("Temos que pedir voto impresso aditável e troca dos membros STF. Isso que o presidente falou​") até quem pregue ações violentas ("Para que isso acabe terá que haver derramamento de sangue").

"Eu autorizo a exonerar todos os ministros do STF imediatamente", diz outro. "Limpeza do STF", "STF rompeu a democracia", "acabar com a Justiça Eleitoral" e "acabar com o comunismo e os corruptos do país" também são pedidos que animam as hostes fiéis ao governo.

Há quem pregue ainda a criação de um suposto tribunal constitucional militar para julgar os membros dos Poderes ou uma revolução que criminalize o socialismo, liberte bolsonaristas e expurgue ministros do STF e juízes considerados comunistas, além de tomada das Redações de veículos de imprensa.

O slogan "eu autorizo" é vendido como uma espécie de senha que os simpatizantes dão ao mandatário para que ele faça o que for preciso para "salvar a pátria".

Com esse slogan os Bolsonaristas querem enganar quem, dizendo que o movimento não é fascista e antidemocrático.

#EuNãoAutorizo #ForaFascistas #VivaDemocracia

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Senado confirma renovação do contrato para passadas de pano na PGR

Em sabatina, procurador-geral da República negou passar pano nas aberrações cometidas por Bolsonaro, reconhece que houve "ameaças reais" a ministros do STF e faz críticas à Lava Jato. Plenário aprova recondução por 55 votos a 10.

Ele foi novamente indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao cargo, apesar de diversas críticas à sua atuação à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), e de acusações de ser omisso quanto às ações do chefe do Executivo. Essas críticas partem de vários setores da sociedade, mas também dos próprios colegas de Aras e da cúpula do MPF.

O procurador-geral, entretanto, conta com o apoio de uma parte significativa dos senadores. O relator do processo de recondução de Aras à PGR, senador Eduardo Braga (MDB-AM), havia apresentado um relatório favorável à sua permanência no cargo até 2023.

Omissões acobertam ações de Bolsonaro

Um dos casos em que a PGR é acusada de atuar em benefício de Bolsonaro diz respeito ao inquérito aberto para investigar suposta omissão do Ministério da Saúde durante a crise da falta de oxigênio em Manaus.

No início do ano, vários pacientes infectados pelo coronavírus morreram por falta de ar nos hospitais da cidade. O inquérito somente foi solicitado pelo procurador-geral após a insistência de membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Outro caso em que Aras somente agiu depois de sofrer pressão diz respeito aos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas e suas ameaças às eleições de 2022. A ofensiva do presidente contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) levou um grupo de 29 subprocuradores do MPF a afirmar publicamente que Aras não poderia assistir passivamente aos "estarrecedores ataques" do presidente a essas instituições.

Na sabatina, Aras afirmou que não se omitiu sobre a questão das urnas eletrônicas e destacou que a vice procuradoria eleitoral se manifestou pela "idoneidade" do sistema atual.

 "Ameaças reais" a ministros do STF

Ele reconheceu, contudo, que houve "ameaças reais" contra ministros do STF nos casos das prisões do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, e do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), ambos aliados de Bolsonaro.

As duas prisões foram determinadas pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator de inquéritos no STF que investigam fake news e atos antidemocráticos. Segundo Aras, a PGR inicialmente se posicionou contra as prisões por entender que as repetidas manifestações de Jefferson e Silveira com ataques à Corte se enquadravam na liberdade de expressão, mas depois o órgão mudou de ideia.

"No momento posterior, da prisão, tanto do Daniel Silveira, quanto do Roberto Jefferson, houve ameaças reais aos ministros do Supremo. De maneira que, se no primeiro momento, a liberdade de expressão era o bem jurídico constitucional tutelado mais poderoso que existe dentro da Constituição, no segundo momento abandonou-se a ideia da liberdade de expressão para configurar uma grave ameaça", disse o procurador-geral.

Enfim por mais dois anos as sujeiras Bolsonaristas continuarão sendo varridas para debaixo do tapete.

O primeiro café do dia

 

  • O café é um poderoso elemento mágico dentro do mistério dos Pretos Velhos.
  • Usado em grão, folhas ou pó, o café é empregado nos mais diversos rituais, desde magia amorosa até quebra de feitiços.
  • A xícara de café puro oferecida aos Pretos Velhos pela manhã dissolve energias densas, e; proporciona afastamento de inveja e olho gordo.
  • O café em grãos colocado no ambiente na vibração dos Pretos Velhos purifica e afasta espíritos inferiores.
  • A defumação com pó de café promove forte descarrego quebrando feitiços, auxiliando nos processos de cura espiritual, mental e física.
  • O café em pó misturado a açúcar cristal quando deixado no ambiente ameniza as brigas de casais, melhora o apetite sexual e ajuda a manter a fidelidade entre os amantes.
  • Quando for utilizar o café, em qualquer de suas formas, lembre-se de acender uma vela branca comum ou bicolor preta e branca e firmar o pensamento em suas intenções e pedidos com muita fé aos Pretos Velhos.

Pequena oração aos Pretos Velhos

“Peço as Santas Almas, e aos meus Pretos e Pretas Velhas protetoras, que proporcionem amparo e proteção. Peço a paz de sua alegria espiritual, pois nesse momento, eu necessito estar cercada, amparada e protegida pelos meus amados vovós e vovôs.

Que a luz de seu amor traga sustento e ânimo para que eu possa seguir em frente, apesar de todas as correntes contrárias que estão sendo quebradas nesse momento.

Eu me abro e deixo que vossa luz e presença inundem meu ser, minha alma, meu lar e mantenham em paz e harmonia com vossa proteção. Saravá, Pretos Velhos!”

domingo, 22 de agosto de 2021

O BRASIL DE HOJE!!!

Caros amigos, não há dúvida de que o elo mais fraco deste governo é o Presidente da República, o qual, caso desse mais importância ao Brasil do que a si mesmo, poderia vir a ser um bom governante, todavia, ele prefere continuar a ser o melhor cabo eleitoral do Sr. Lula da Silva, tanto quanto este e o PT foram seus principais cabos eleitorais em 2018.

A caminhada da esquerda de volta ao poder é, portanto, uma consequência e, como tal, deve ser tratada. Não se combate uma doença apenas atacando a febre. Há que se buscar as causas e, de alguma forma, neutralizá-las. Neste caso elas estão, sem dúvida, associadas às atitudes e às "obras" do Presidente Jair Bolsonaro. Ele é, de fato, a melhor fonte dos argumentos da esquerda para voltar ao poder!

Durante algum tempo pensei que seria possível convencê-lo a corrigir-se, mas isto, infelizmente, ficou provado que é impossível!

O ambiente político no Brasil está polarizado, basicamente dividido entre dois extremos que, por serem extremos, são antidemocráticos e, consequentemente não servem para quem se diz democrata.

Há quem insista em dizer que os problemas e circunstâncias atuais assemelham-se ao ambiente que conduziu a Nação à histórica Revolução de 1964.

Realmente, no estudo daquele tempo, encontramos, a grosso modo, apenas duas diferenças do atual, a indisciplina, que havia estabelecido uma cabeça de praia no ambiente militar, o que não acontece nos dias de hoje, e a abissal superioridade do conjunto de Juízes que compunham a Suprema Corte, quando comparados aos que hoje a depreciam.

O restante das circunstâncias, resumidamente, lembra muito os nossos dias: o Presidente da República não tinha maioria no Congresso; a maior representação dos Governadores estava na oposição; a grande imprensa, assim como a maioria do povo, aí incluídos os grandes empresários, militavam contra o Governo Federal; as FFAA estavam divididas entre os que tinham compromisso com o Brasil e os que, no governo ou em apoio a ele, eram conhecidos como o "Dispositivo Militar do Jango".

Aos que não se recordam de toda a história, é importante lembrar que foi o Congresso que proclamou a vacância da cadeira presidencial e que nela colocou, interinamente, o Presidente da Câmara, conforme mandava a Constituição, e que promoveu a eleição do Marechal Castello Branco em cerca de 15 dias.

Assim, se o objetivo da comparação for a deposição do Presidente Bolsonaro, o prato está quase pronto! Qualquer outra comparação é distorção da história e nada tem a ver com o que se passa agora.

Deixando de lado o que se passou há 57 anos e trazendo os olhos para o passado recente, não é difícil constatar que foi um grave erro acreditar que Bolsonaro aceitaria a orientação dos bons brasileiros que o cercavam. Erro este que só será corrigido se conseguirmos eleger um outro Presidente muito melhor do que ele, o que não é difícil. Persistir no erro é realmente mais fácil, mas não é inteligente!

Diferentemente dos bravateiros que falam em derramar o sangue dos outros e ressuscitar o "Estado Novo", e dos acomodados que, por preguiça, fecham os olhos e não enxergam que, como está, fatalmente entregaremos o Brasil para Lula da Silva e seus 40 canalhas, devemos empenhar-nos para encontrar entre os 200 milhões de brasileiros alguém que seja capaz de implementar as propostas que constavam do protocolo de intenções que Jair Bolsonaro abandonou tão logo surgiu a primeira denúncia da "rachadinha".

Precisamos eleger alguém que, ao contrário dele, seja a favor da meritocracia, da CPI da Lavatoga, da Escola Sem Partido, da prisão em segunda instância, da "lavajato", das propostas anti crime do Sérgio Moro, da redução do tamanho do estado, do liberalismo, do conservadorismo, do fim da reeleição e do fundo eleitoral e que rejeite o presidencialismo de coalizão, entre outras coisas que foram prometidas e não cumpridas!

A luta contra o socialismo é permanente, com altos e baixos, sabendo-se que nunca acaba! 

Vencem-se as batalhas, mas não a guerra. O argumento da força só serve para reforçar a força dos argumentos das vítimas da violência.

Tolerância para promover mudanças é sinônimo de inteligência. 

Vidas podem ser eliminadas pela força, não as ideias, estas são vencidas por argumentos.

Assim, o melhor para os brasileiros passa ao largo dos radicalismos da direita e da esquerda, porque nenhuma ditadura serve para o Brasil!

General Paulo Chagas

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Bolsonaro bloqueou 176 perfis críticos nas redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro vem bloqueando seguidores que o criticam nas redes sociais, incluindo jornalistas, parlamentares, veículos de imprensa, ONGs e influenciadores, apontou a organização de direitos humanos Human Rights Watch nesta quinta-feira (19/08).

A entidade identificou ao menos 176 contas bloqueadas pelo presidente, a maioria delas no Twitter, e aponta que o número de bloqueios é provavelmente muito maior. Para a ONG, os bloqueios violam a liberdade de expressão e os direitos de acesso à informação e de participar do debate público.

"Ele está tentando eliminar de suas contas pessoas e instituições que dele discordam para transformá-las em espaços onde apenas aplausos são permitidos. É parte de um esforço mais amplo para silenciar ou marginalizar os críticos", afirmou Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil.

"O presidente Bolsonaro afirma que a liberdade de expressão dele e de seus seguidores é cerceada quando as plataformas excluem desinformação prejudicial e contas falsas, mas ele mesmo não pensa duas vezes antes de violar o direito ao acesso à informação e a liberdade de expressão das pessoas que discordam dele", disse.

As redes sociais têm sido um meio de comunicação essencial para Bolsonaro desde a campanha presidencial de 2018, tendo contribuído para sua vitória nas urnas e ajudando-o a interagir com sua base de apoiadores.

Com 6,9 milhões de seguidores no Twitter; 14,2 milhões no Facebook; e 18,6 milhões no Instagram, Bolsonaro usa as redes para fazer anúncios oficiais, interagir com autoridades e criticar a imprensa ou decisões contrárias aos seus interesses.

A Human Rights Watch aponta que quem é bloqueado precisa sair de suas contas para conseguir visualizar as postagens de Bolsonaro e também não consegue repostar, responder, curtir ou comentar os conteúdos publicados pelo presidente.

"Isso impede que pessoas bloqueadas participem do debate público, viola a liberdade de expressão e as discrimina com base em suas opiniões", afirma a ONG. Além disso, "jornalistas bloqueados não podem fazer perguntas ou solicitar informações, infringindo a liberdade de imprensa", aponta.

Falta de transparência

Segundo a Human Rights Watch, em resposta a pedido feito pela ONG sobre o número de pessoas bloqueadas por Bolsonaro nas redes sociais, a Secretaria de Comunicação da Presidência negou a informação, dizendo que não gerencia essas contas.

"Com a falta de transparência, é impossível saber o número total de pessoas bloqueadas", afirma a ONG.

A organização perguntou em abril e maio, por meio de postagens em suas contas Twitter, Facebook e Instagram, se usuários foram bloqueados por Bolsonaro. Mais de 400 responderam que sim, tendo 176 confirmado a informação por meio de capturas de tela que mostram o nome do usuário e a mensagem indicando o bloqueio pela conta do presidente.

A Human Rights Watch disse não ter encontrado sinais de as capturas de tela tenham sido manipuladas. "Nenhuma conta seguia o Bolsonaro no Twitter, algo consistente com contas bloqueadas. A maioria das pessoas que enviaram as capturas de tela disse que foi bloqueada após comentários criticando o governo", diz a ONG.

Entre as 13 contas institucionais bloqueadas estavam os perfis brasileiros no Twitter das ONGs Anistia Internacional, Repórteres sem Fronteiras e da própria Human Rights Watch. Também foram alvo os perfis no Twitter dos veículos de comunicação The Intercept Brasil, Congresso em Foco, Repórter Brasil, Aos Fatos, Diário do Centro do Mundo e O Antagonista; dois perfis no Instagram do UOL; e duas contas no Twitter do Observatório do Clima.

Bloqueios por membros do gabinete Bolsonaro

Além de Bolsonaro, a Human Rights Watch também fez pedidos de acesso à informação sobre membros do gabinete do presidente.

Segundo a ONG, somente o vice-presidente Hamilton Mourão informou ter bloqueado 28 pessoas no Twitter. Os titulares das pastas da Cidadania e da Casa Civil até julho de 2021 disseram não ter bloqueado ninguém, e os demais ministros afirmaram não ter contas ou que estas eram privadas e, portanto, não forneceram informações.

Nas contas institucionais, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e os ministérios disseram ter bloqueado 182 pessoas, sendo que os ministérios da Educação e da Justiça responderam por 85% dos bloqueios, afirma a Human Rights Watch.

Na mira da Justiça

Ao menos seis casos questionando bloqueios de Bolsonaro nas redes sociais estão em análise no Supremo Tribunal Federal (STF), e o projeto de lei (PL 2630/2020), que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, propõe o endurecimento das regras para bloqueios por autoridades.

Em outros países, a Justiça decidiu que autoridades não podem bloquear pessoas nas contas utilizadas para assuntos oficiais somente por expressarem críticas, aponta a Human Rights Watch. Foi o que ocorreu num caso nos Estados Unidos envolvendo o ex-presidente Donald Trump em 2019, por exemplo.

Fonte: DW Noticias

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

VÍTIMAS DO ANALFABETISMO POLÍTICO

Estima-se que o analfabetismo atinja 8,3% da população adulta brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se levarmos em conta o analfabetismo funcional, ou seja, a incapacidade de uma pessoa de compreender textos simples e de fazer operações matemáticas elementares, esse número alcança um em cada três brasileiros de acordo com o Instituto Paulo Montenegro. Um quadro estarrecedor, sem dúvida, mas que se torna ainda mais preocupante quando confrontado com os índices de analfabetismo político, insuficiência que atinge a sociedade de cima abaixo, independentemente de grau de instrução, classe social, etnia, religião ou sexo.

Há no excelente longa-metragem alemão Ele está de volta, que discute o renascimento do nazi-fascismo no mundo, particularmente na Europa, uma observação terrível. Revivido, Adolf Hitler passeia, pelas ruas da Alemanha contemporânea, satisfeito com o fato de que suas ideias nacionalistas, racistas, machistas, homofóbicas e autoritárias continuam a florescer entre a população, quando constata: “O povo está calado, mas com raiva. Frustrado com as condições de vida, como em 1930. Mas na época não havia um termo para isso: analfabetismo político”.

O analfabetismo político viceja onde falta consciência política – e consciência política é a relação vital que se estabelece entre mim e meu próximo. O analfabetismo político é o desinteresse manifestado pelos cidadãos para o rumo que a classe dirigente empurra a sociedade. Esse desinteresse se dá por ignorância ou por arrogância ou, pior ainda, por uma mescla de ignorância com arrogância. Nada pior para um país do que indivíduos que desdenham da política governados por políticos que desdenham dos indivíduos – este é o espaço privilegiado para a expansão da mentalidade fascista.

Certa vez o ex-senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou em Plenário que o Brasil sofre com o analfabetismo político, como definido pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956). Segundo Requião, esse não é um problema dos cidadãos sem cultura. Pelo contrário, está presente nos três Poderes da República, no Ministério Público, no mundo acadêmico, na imprensa, nas igrejas e na alta sociedade.

Ao afirmar que o analfabeto político não consegue enxergar que as privatizações em curso no Brasil, na verdade, apenas entregam o patrimônio nacional para empresas controladas pelos governos de outros países, Requião citou poema de Brecht, para quem o pior analfabeto era o analfabeto político: "Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior dos bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais ou multinacionais".

O senador disse ainda que o combate à corrupção tem sido apenas um pretexto para submeter o Brasil à "globalização imperial". Para Requião, o analfabeto político não sabe o próprio custo de vida e, muito menos, que o preço dos alimentos e dos remédios depende das decisões políticas.

Requião também afirmou que este tipo de cidadão, o qual se orgulha declarar ódio à política, se encanta pelo discurso dos políticos que dizem não serem políticos. Na opinião do senador, o analfabeto político manifesta apoio aos famosos que se aventuram na política e a quem se apresenta como administrador, empresário de sucesso e gestor técnico, desde que pregue moralidade, ética e política sem partidos.

— O analfabeto político em sua ignorância impermeável, ceratinosa, está sempre alerta, eternamente vigilante para apoiar até mesmo um Luciano Huck, um Dória, um Bolsonaro ou quem duvida, talvez até um Alexandre Frota.

Uma população frustrada busca inimigos para extravasar sua cólera. E o inimigo é sempre o diferente de nós: os homossexuais, os negros, os imigrantes, os esquerdistas, enfim, qualquer grupo que em um determinado momento e contexto nos pareça fragilizado o suficiente para levar a culpa pela nossa incapacidade de gerir os próprios desejos. Assim, em silêncio e irrefletidamente, abraçamos discursos demagógicos, incitadores do ódio e da intolerância. A violência que grassa no país – nas ruas, dentro das casas, nas redes sociais – é apenas a face visível deste monstro subterrâneo chamado fascismo, fenômeno que se alimenta de analfabetos políticos.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

COPA DO MUNDO 2014 – FUNDO LEGADO

Para os críticos do evento e do investimento feito na época, saibam que o Governo Federal ainda hoje recebe verbas da FIFA, o Fundo Legado.

O acordo consiste em um investimento de U$ 100 milhões - o equivalente a cerca de R$ 378 milhões - no desenvolvimento do futebol no país.

O Campeonato Brasileiro Sub-17 2021 foi para a conta! A edição, disputada em alto nível e cada vez mais atraente aos telespectadores expõe o sucesso do projeto Fundo de Legado da Copa do Mundo FIFA 2014. Com o intuito de fomentar o esporte no país, a parceria entre CBF e FIFA, firmada através desta iniciativa, financia nove competições chanceladas pela entidade máxima do futebol brasileiro.

Além do Brasileiro Sub-17, o Fundo de Legado também apoia torneios femininos e os demais campeonatos de base: Brasileirão Feminino A1, A2 e Sub-18, além do Campeonato Brasileiro Masculino Sub-20 e as Copas do Brasil Sub-20 e Sub-17, e também as Supercopas Sub-20 e Sub-17. Presente no Estádio Raulino de Oliveira durante a decisão entre Flamengo e Vasco, Roberto Oliveira, Analista da Desenvolvimento da CBF, exaltou a parceria.

“Foi um sucesso. Essa parceria entre FIFA e CBF com o Legado tem funcionado de maneira excepcional. Prova disso foi o show que vimos no jogo de hoje entre Vasco e Flamengo. O campeonato, como um todo, teve um ganho de qualidade enorme, desde que o Legado começou a fazer essa colaboração. É uma parceria que tem dado sucesso, e a gente espera que continue assim com as outras competições também”, destacou Roberto, antes de fazer um balanço da parceria ao longo dos últimos anos.

“O saldo até aqui é extremamente positivo. Tanto CBF quanto FIFA estão extremamente satisfeitos com os resultados obtidos com o Fundo de Legado. Sucesso tanto nas competições de base, quanto nas competições femininas”, completou o Analista de Desenvolvimento da CBF.

O Fundo Legado Copa do Mundo FIFA tem como objetivo fomentar a prática futebolística nos países que sediam a principal competição da modalidade no mundo. No Brasil, que recebeu o Mundial em 2014, esta verba é utilizada em três diferentes áreas de atuação: Alto Rendimento, Desenvolvimento e Social. Até o fim da parceria entre FIFA e CBF serão disponibilizados US$ 100 milhões para investimentos em solo brasileiro.

Todo este trabalho é acompanhado de perto pela FIFA, que realiza reuniões periódicas com a equipe da CBF para balanço das atividades e planejamento das ações futuras, além de auditar as contas do projeto através do FIFA Central Audit. Pela CBF, a EY presta um serviço de Monitoramento do Fundo de Legado.  

Parabéns a garotada do Clube de Regatas Flamengo pelo desempenho, dedicação e conquista do tão sonhado Titulo de Campeão Brasileiro Sub 17.

Fonte: Site CBF


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

QUANDO O GOSTO PELO PODER CONTAGIA

Vejo amigos por aqui perplexos com os 229 votos de deputados favoráveis ao voto impresso, muitos deles que teoricamente fazem oposição ao governo. Não se espantem, a matemática é simples, a conta, fácil de fazer: Bolsonaro liberou 1 bilhão de reais em emendas para comprar a manutenção de sua história da carochinha de que a maior parte da população queria o voto impresso.

Perdeu, mas não tão feio. Caiu de pé. Com mais esta bizarrice, Bolsonaro obteve apoio de 45% dos deputados presentes à votação. Só pra lembrar, 1/3 já é suficiente para impedir o processo de impeachment e o cara conseguiu mais ao colocar no centro da pauta política uma não-questão, fazendo uso, como de praxe, de mentiras, falsificações, declarações golpistas com o objetivo final de liquidar a democracia do país, culminando naquela parada militar ridícula, fonte de descrédito explorada por toda imprensa internacional.

Na realidade a base de Bolsonaro é uma gelatina e com o desastroso índice de quase 60% de rejeição nas pesquisas como candidato à reeleição não resta alternativa ao chefe do executivo que não governa, fazer barulho e se manter como firme aliado das FFAA brasileiras para se perpetuar no poder, o que me faz lembrar a operação Beco sem saída da década de 80, exposta no período da redemocratização, quando Bolsonaro teve a intenção de explodir quartéis para colocar a culpa na esquerda.

Hoje o motivo é parecido, e diante dos conflitos atuais, dos processos que o cercam, Bolsonaro retoma a polêmica sobre o papel moderador das FFAA, afirmando ter apoio militar total às suas decisões. A tese do tresloucado presidente foi rebatida por decisão do STF que assentou que a “missão institucional das FFAA é a da defesa da pátria, na garantia dos Poderes Institucionais e na garantia da lei e da ordem que NÃO ACOMODA o exercício de poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. Ainda de acordo com o ministro Luiz Fux, que concedeu uma liminar a uma ação do PDT para esclarecer as atribuições dos militares, de acordo com a Constituição Federal, a chefia das FFAA, que cabe ao Executivo, É PODER LIMITADO, excluindo-se qualquer interpretação que permita sua utilização para intromissões no independente funcionamento dos outros Poderes. Ou seja, esse papel moderador foi abolido em 1988, com a Carta Magna, lei máxima do país que traça os parâmetros do sistema jurídico e define os princípios e diretrizes que regem a organização e funcionamento de sociedade democrática.

Hoje ninguém mais se engana. Se já não cabe aos Comandos Militares cuidarem da segurança pública, muito menos é seu papel o de governar. Em nenhuma democracia madura do mundo isso acontece. Pelo contrário, em países sérios, democráticos são muito bem definidas as linhas que separam as FFAA e o governo de plantão, uma vez que se trata de instituições de Estado.

Os comandantes das três forças que aí estão, se fossem sérios, teriam publicamente cortado as asas do presidente em qualquer referência feita por ele a possíveis manobras “fora das quatro linhas da Constituição”, ainda que no plano mais delirante das ideias para agitar seu “cercadinho" ou sua base ideológica. Exemplos não faltam para comprovar que embarcaram numa aventura política, apoiando os arroubos autoritários do chefe do executivo, inclusive se manifestando em áreas que absolutamente lhe dizem respeito. O resultado não será outro, a não ser uma marca vexatória na história das FFAA brasileiras.

E o mais triste, cada malfeito apagará a imagem construída pós-redemocratização do país e o protagonismo que os militares tiveram na política externa, quando participaram de iniciativas conjuntas com o Itamaraty visando à proteção geopolítica do Brasil na América Latina e no Oeste Africano, elevando o seu status junto à ONU ao liderarem missões internacionais de paz. Hoje o que assistimos é a associação direta a um governo que conduz uma diplomacia medíocre e subserviente cada dia mais isolada da geopolítica internacional, principalmente com a eleição de Joe Biden.

Assistimos também mais de 6 mil militares ocupando cargos civis dentro do Governo, ausência de profissionalismo, a corrupção solta nas mais diversas áreas e patentes militares, equipamentos obsoletos e pouca eficiência para defender os 25 mil km de fronteiras, sendo 10 mil marítimos.

A única resposta que consigo imaginar a tal “im” postura das FFAA é a influência orçamentária obtida com a liberação de 115 bilhões este ano e os generosos vencimentos concedidos a militares para aceitaram fazer parte desta palhaçada – alguns deles superando a casa dos 100 mil reais mensais, como no caso dos Generais Heleno, Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos.

Resta-nos esperar que os militares, ao menos, assegurem a realização do pleito eleitoral de 2022, bem como o respeito ao seu resultado, seja ele qual for, haja vista a criminosa agitação já iniciada pelo presidente e seus pares para tumultuar o processo político e as próximas eleições.

PS. Tive que alterar o texto e a foto porque o anterior teve censura prévia do Facebook. E durma com um barulho deste! Vai vendo!

Texto: Ana Lucia Vacchiano

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

"Não temos dúvida de que o sistema é seguro’, diz vice-líder do PSDB"

O deputado federal Carlos Sampaio, um dos vice-líderes do PSDB na Câmara, defendeu nesta terça-feira 10 a rejeição da PEC do Voto Impresso. Em seu discurso no plenário, lembrou que seu partido solicitou ao TSE, em 2014, uma auditoria nas urnas após a vitória de Dilma Rousseff, do PT, sobre o tucano Aécio Neves.

“Esse pedido foi autorizado. Foi um ano, com técnicos do exterior, do Brasil e do TSE. Ao final de 2015, lemos, em entrevista coletiva, o resultado da auditoria: havia alguma fraude? Não. E o sistema era auditável? Em 2015, dissemos que não. Em 2015 mesmo, no final daquele ano, uma primeira resolução do TSE veio dar mais transparência, mas não me convenceu. Mas, em dezembro de 2019, veio uma nova resolução. Nunca vi uma resolução tão cuidadosa nos aspectos da auditoria”, afirmou Sampaio.

A resolução de 2019 reforçou a participação, além de MPF, partidos e OAB, de “todos os departamentos de ciência e tecnologia das universidades brasileiras”. Também “chamou também a posicionar-se a Associação Nacional de Computação e, por fim, convidou oficialmente a participar as Forças Armadas”.






Caraguá foi palco da maior catástrofe natural ocorrida no país

Segundo a prefeitura de Caraguatatuba, o desastre, conhecido como hecatombe, deixou cerca de 450 pessoas mortas, segundo registros oficiais. Outras três mil pessoas perderam suas casas. “Chovia há dias sem parar. Eu estava saindo de casa, com duas amigas, quando a lama começou a descer. Eu fiquei no meio de toda aquela lama e não sai dali o dia todo. Tentei ajudar a salvar muita gente, mas não consegui”, lembra dona Vera ao mesmo tempo em que parece querer esquecer a cena vivida.

Naquela data, foram 13 horas seguidas de chuva e deslizamentos. "Eu pisava na lama e acabava pisando até na cabeça, no corpo de alguém. Eu sabia que tinha gente embaixo da lama e tentava ajudar". Cerca de 30 mil árvores desceram das encostas dos morros em torno de Caraguá, destruindo, inclusive, parte da antiga rodovia dos Tamoios. A cidade ficou ilhada por três dias, sem luz e sem energia, virando manchete nos principais jornais do país.

Após polêmica, deputados excluem "distritão" da reforma eleitoral

A criação do "distritão" foi o ponto mais polêmico da votação da PEC da reforma eleitoral (Proposta de Emenda à Constituição 125/11). Por 423 votos a 35, o "distritão" acabou sendo retirado do texto por meio de destaque.

Por esse sistema, são eleitos deputados aqueles com maior número de votos, em um sistema majoritário. Atualmente, a eleição é proporcional, ou seja, leva em conta a votação do partido ou coligação na distribuição das cadeiras.

A relatora da matéria, deputada Renata Abreu (Pode-SP), e o vice-líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciaram um acordo entre a maior parte dos partidos para aprovação do destaque que retirou o "distritão" do texto. A proposta previa esse sistema eleitoral nas eleições de 2022 para deputados.

Críticas
Para o deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ), o "distritão" é inconstitucional. “Fere o sistema representativo, fere a proporcionalidade, é uma nova jabuticaba que o Brasil está criando. Apenas aqueles países que não têm uma democracia sólida têm um sistema parecido com o distritão”, disse.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), também criticou o sistema que, segundo ela, privilegia apenas os que já foram eleitos. “Que partido vai apostar na renovação? O 'distritão' é a manutenção dos mesmos nos espaços de poder, e os mesmos não representam a maioria do povo. Além disso, é um ataque ao partido e à coletividade programática que representa o partido”, afirmou.

Defesa
O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) defendeu o "distritão". “O sistema atual é muito confuso. A população não consegue entender como um candidato, que é um puxador de voto, consegue levar candidatos que obtiveram poucos votos, deixando para trás candidatos bem votados. A população não entende e não aceita isso”, disse. Para ele, o "distritão" é um sistema mais simples.

O sistema também foi defendido pelo deputado Bibo Nunes (PSL-RS), que reconheceu o impacto negativo nos partidos políticos. “A população quer democracia real. Essa democracia real está representada no 'distritão', pois os mais votados são eleitos. Isso é o correto. Os partidos serão prejudicados? Serão, mas temos que mudar”, disse.

Voto majoritário
Já a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) afirmou que o voto majoritário, previsto no "distritão", descarta votos do eleitor e enfraquece a democracia. Atualmente, na eleição proporcional, todos os votos dados para um partido são levados em conta na distribuição das vagas e não apenas os votos individuais de cada candidato.

“O distritão colocará 70% dos votos da população no lixo. Transformar uma eleição proporcional em majoritária é favorecer o poder econômico, não apostar na renovação, fortalecer os caciques”, disse a deputada.

Coligações
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que o “distritão” é o “pior sistema eleitoral” e, por isso, os deputados estariam dispostos a admitir a volta das coligações nas eleições proporcionais. “Se esse for o preço para derrotarmos o 'distritão', vamos defender a volta das coligações. O objetivo é chegar a um acordo para evitar um mal maior”, disse.

Para o líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), a volta das coligações é uma mediação e um “instrumento de redução de danos”. “É um acordo para que a gente possa fortalecer a democracia e evitar que haja 513 partidos aqui dentro”, disse.

Como parte do acordo para excluir o "distritão", o Plenário recusou, por 333 votos a 149, destaque do bloco Pros-PSC-PTB e manteve no texto a volta das coligações partidárias para as eleições proporcionais (deputados e vereadores) a partir de 2022.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ACORDA BRASIL!!!!!! AINDA DA TEMPO DE VIRAR ESSE JOGO

"Muito se fala em ditadores, porém, os eleitores quando vão às urnas escolherem os seus representantes pouco se preocupam saber qual o perfil da pessoa em quem votam. Apenas sabem que é um fulano que fala bem e diz o que nós queremos ouvir, alguns deles não falam nada. Para um país e um Povo este desleixo pode fazer toda a diferença nos anos seguintes à sua eleição. 

Por exemplo, todos sabemos que Hitler foi eleito democraticamente e no seu mandato pôs a Europa a ferro-e-fogo mandando matar milhões de seres humanos. Então qual o perfil de um ditador? Os mais atentos e preocupados com estas coisas da política sabem que: o ditador agarra-se ao poder como uma lapa se agarra à pedra porque gosta sobretudo de mandar e não ser mandado. Não gosta de debates para esclarecer o Povo porque sabe que 'em terra de cegos quem tem um olho é rei'. Tenta por todos os meios calar os críticos (jornais, TVs e opositores) ameaçando-os com a perda da concessão ou encerramento, mas, por outro lado, financia tudo o que seja propaganda do regime. 

O ditador julga-se perfeito, nunca assume os seus erros (por isso nunca aprende) e arma-se sempre em vítima sendo os outros culpados de tudo o que de mal acontece. Faz discursos empolgantes de dedo em riste apontando em todas as direções, culpabilizando todos menos ele para assim provocar a revolta das massas a seu favor. Não perde uma oportunidade de processar alguém, mas quando a decisão lhe é desfavorável, então é a justiça que não presta. Enleva a população com os seus discursos inflamados de ódio jogando uns contra os outros para tê-los sempre à mão, mas quando está gozando dos privilégios que o cargo lhe confere nem se lembra que o Povo existe. No palco, gosta de ouvir-se a si próprio e, empolgado com o seu próprio discurso, perde o controle ameaçando todos os que não lhe prestam vassalagem, mas logo a seguir dá o dito por não dito.

 Quando está ao lado daqueles a quem passa a vida a ofender, mas que sabe serem mais importantes do que ele e que sem os quais não tem protagonismo desdobra-se em subserviência e palavras doces até o personagem voltar as costas e, depois, volta a atacar. Quando vê que as coisas não lhe correm bem fala em nome do Povo incitando-o à revolta ou à justiça popular porque sabe que as pessoas gostam do cheiro a pólvora e não receia criar instabilidade social se isso o mantiver no poder (dividir para reinar).

 Perguntar-me-ão: mas então o que leva o eleitor a votar numa pessoa assim? É simples. Um ditador é um grande manipulador de massas que sabe escolher as palavras que as pessoas querem ouvir, sabe jogar com as suas emoções, a sua fraca cultura, o seu entusiasmo perante discursos inflamados de ódio e vinganças e sabe sobretudo que essas pessoas anseiam e têm absoluta necessidade de um líder forte, mas que confundem com o arruaceiro.

 Não se preocupam saber se esse líder os conduz por um caminho de ordem e progresso, mas anseiam por um líder carismático que personalize o seu bairrismo, que dê voz à sua revolta e às suas frustrações. Nem se apercebem que o eco do discurso ainda paira no ar e todas as frustrações estão de volta porque a sua vida em nada melhorou e entretanto o ditador já está no conforto do seu gabinete enquanto os 'graxas' do regime lhe prestam vassalagem e se banqueteiam. A população!? Essa come as migalhas dos banquetes porque acreditam cegamente no seu líder e nunca o questionam".

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Oposição diz que vai à Justiça contra privatização dos Correios

Ao final da votação da proposta que autoriza a privatização dos Correios (PL 591/21), o deputado Vicentinho (PT-SP) afirmou que a oposição está disposta a ir à Justiça contra a venda da estatal. A proposta do Executivo ainda seguirá para análise no Senado Federal.

“Essa luta segue, pela sua inconstitucionalidade, para o Supremo Tribunal Federal. Não devemos desanimar, façamos o bom combate e mantenhamos a fé”, disse o deputado, que trajava um uniforme dos Correios.

O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), também afirmou que a proposta fere os princípios da Constituição de 1988 e que a Justiça terá de decidir sobre o tema.

“Este debate fere o artigo 21 da Constituição. Então, jamais poderíamos, dessa forma, estar privatizando os serviços de Correios do País. E deixo claro, para manter uma postura honesta, que nós vamos recorrer à Justiça diante dessa inconstitucionalidade”, declarou.

O líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), também lamentou a votação da proposta. “Hoje nós estamos vendendo os Correios do Brasil, um dos maiores patrimônios deste País, em uma tarde com o Plenário esvaziado, com votação remota, sem que a sociedade acompanhe, sem que a sociedade saiba”, disse.

Modernização
O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), rebateu as críticas. Ele afirmou que o projeto está inserido na linha liberal do governo. “Nós já estamos nessa trilha do nosso governo e presidente há algum tempo. Nós aprovamos aqui a reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras, a autonomia do Banco Central, a regularização fundiária, o licenciamento ambiental e tantas outras pautas importantíssimas para destravar a economia”, destacou.

A venda da estatal também foi defendida pelo deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM). “Os Correios precisam ser privatizados, sim, e este é o momento ideal porque a cada ano que passa a empresa estatal perde mercado e vai reduzindo o seu valor”, disse. Ele afirmou que a venda dos Correios poderá arrecadar R$ 2 bilhões por ano.

Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), o novo modelo será mais efetivo. “Hoje nós temos um serviço caro, com milhões de cartas atrasadas a serem entregues à população. Não há investimento na modernização. Há burocratização”, criticou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

sábado, 7 de agosto de 2021

AS MÃOS

As mãos fazem a diferença entre os homens e os animais, pois são os membros capazes de construir com perícia tudo o que possa ser necessário.

Contendo elementos esotéricos, as mãos simbolizam o poder, a perícia, a vontade e os sentidos.

Usada quando quer se isentar de uma responsabilidade, a expressão “lavar as mãos” tem sua origem nas histórias bíblicas. Era tradição um preso ser libertado durante a Páscoa Judaica. A decisão de soltar Jesus ou o assassino Barrabás foi passada para a multidão que acompanhava o julgamento por Pôncio Pilatos. E como se é conhecido, Jesus acabou sendo crucificado. Ao passar a decisão para o público, Pôncio se isentou dessa responsabilidade, representadas pelo ato de lavar as mãos enquanto dizia a seguinte frase: “Estou inocente deste sangue. Lavo as minhas mãos”.

É por intermédio das mãos que se fazem os reconhecimentos; o trabalho construtivo; a defesa pelo manejo da espada; o comando; as mãos acariciam e ferem em um dualismo forte.

O divino Mestre curava e expulsava demônios com um simples toque ou a imposição das mãos; simboliza o estandarte. No Egito é símbolo de felicidade.

O cego lê a escrita braile com as mãos; a comunicação com o surdo-mudo é feita com as mãos, que emitem sinais convencionais.

A impressão digital identifica o indivíduo; o estudo das linhas da palma das mãos, a quiromancia, revela a personalidade da pessoa.

Duas mãos unidas significam amizade e Fraternidade.

Quem se cumprimenta dá a sua mão.

Dar-se as mãos simboliza afeto, apoio e segurança.

Quando duas pessoas se encontram, devem sempre se dar as mãos; para tanto, devem ser limpas, puras e sem nódoas.


Medalhistas da Indonésia ganham prêmios inusitados

A medalha de ouro conquistada no badminton feminino de duplas nas Olimpíadas de Tóquio fez Greysia Polii e Apriyani Rahayu ganhar status de status de heroínas na Indonésia.

Não é a toa que elas vão receber os mais variados prêmios quando retornarem ao país. O Comitê Olímpico da Indonésia, por exemplo, vai dar uma premiação de US$ 345 mil, cerca de R$ 1,8 milhão.

O governo de Konawe, província que Apriyani nasceu, vai presentar cada uma com cinco vacas e um terreno. Além disso, uma corretora imobiliária da capital do país prometeu apartamentos para as atletas.

Mas as gratificações não param por aí. Uma loja franquiada de uma rede de restaurante, café gratuito durante o restante da vida, assinaturas de revistas e celulares também foram oferecidos.

Greysia Polii e Apriyani surpreenderam com a conquista do ouro na última segunda-feira (2) ao ganharem na final das chinesas Chen Qing e Yi Fan Jia, por 2 sets a 0 (parciais de 21 a 19 e 21 a 15).

Essa é a única medalha de ouro conquistada pela Indonésia em Tóqui. Além dela, o país tem uma medalha de prata (halterofilismo) e três de bronze (duas de halterofilismo e uma no badminton masculino individual).

Parabéns a dupla pela histórica conquista


Íntegra do pronunciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira


O Brasil tem enormes desafios, como as reformas tributária, administrativa, questões ambientais, o combate à pandemia com o avanço da vacinação, além da criação de condições socioeconômicas para a geração de emprego e renda.

O voto impresso está pautando o Brasil. Não é justo com o País e com o que a Câmara dos Deputados tem feito para enfrentar os grandes problemas do Brasil desde que assumi a presidência desta Casa.

Avançamos em muitas questões, atualizando e modernizando a legislação e retirando da gaveta projetos que estavam represados. O Brasil sempre teve pressa, e o momento atual é ainda de maior urgência.

A Câmara dos Deputados é a casa das leis e, infelizmente, assistimos nos últimos dias um tensionamento, quando a corda puxada com muita força leva os Poderes para além dos seus limites.

A Câmara dos Deputados sempre se pauta pelo cumprimento do Regimento e pela defesa da sua vontade, que é a expressão máxima da democracia.

Pela tranquilidade das próximas eleições e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar a questão do voto impresso para o Plenário, onde todos os parlamentares eleitos legitimamente pela urna eletrônica vão decidir.

Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo que deixar o plenário manifestar-se.

Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema, porque o plenário é nossa alçada máxima de decisão, a expressão da democracia. E vamos deixá-lo decidir.

Esta é a minha decisão.

O presidente da República tem o seu gabinete, a Suprema Corte tem os seus juízes, e o Ministério Público Federal tem no procurador-geral da República firmeza e responsabilidade constitucional. Todos ciosos de seu espaço institucional.

E a Câmara dos Deputados é a casa mais democrática, onde o voto livre reverbera sempre a vontade popular.

Ouvir a casa – ser a voz de todos os deputados, sermos nós e não “eu” – coisa que venho repetindo constantemente para todos vocês.

Por isso, esta é uma decisão coerente com minha trajetória – de homem público que não foge do debate.

Repito, não contem comigo com qualquer movimento que rompa ou macule a independência e a harmonia entre os Poderes, ainda mais como chefe do Poder que mais representa a vontade do povo brasileiro.

Esse é o meu papel e não fugirei jamais desse compromisso histórico e eterno.

O botão amarelo continua apertado. Segue com a pressão do meu dedo. Estou atento. 24 horas atento. Todo tempo é tempo.

Mas tenho de certeza que continuarei pelo caminho da institucionalidade, da harmonia entre os Poderes e da defesa da democracia.

O Plenário será o juiz dessa disputa, que já foi longe demais.

Muito obrigado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Perfil do poder – qualquer um pode se tornar um ditador?

Uma pesquisa mostrou que ditadores sádicos famosos, como Saddam Hussein e Joseph Stalin, tinham um perfil de personalidade marcado pelo narcisismo e paranoia. Mas o que os ditadores autoritários têm em comum? E esse perfil poderia ser um indicador de um novo déspota? Poderia qualquer pessoa se tornar um?

Não do dia para a noite, mas pesquisas psicológicas já provaram que o poder de fato tem um efeito sobre a psique. O exemplo mais famoso é do Experimento da Prisão de Stanford em 1971.

Nele, alunos foram divididos aleatoriamente para serem “presos” ou “guardas”, em uma prisão improvisada. Os guardas se tornaram tão abusivos e os prisioneiros tão passivos que o experimento foi encerrado menos de uma semana depois.

Tipos mais mundanos de poder também podem influenciar comportamentos. Um estudo de 2010 descobriu que as pessoas condicionadas a pensarem em si como bem sucedidas são piores em ler as emoções de outras pessoas do que as condicionadas a pensar em si como pobres.

Segundo os cientistas, a razão para isso pode ser que as pessoas sem muito poder têm mais necessidade de construir alianças com outros para sobreviver. Os mais bem sucedidos, por outro lado, podem fazer o que bem entenderem.

O poder pode cegar as pessoas do ambiente social. Elas passam a não ter uma compreensão clara da importância de condições sociais como a pobreza. O poder também torna as pessoas mais impulsivas e egoístas, e seu comportamento mais inadequado.

Além disso, pesquisas mostram que o poder pode isolar as pessoas. Um estudo de 2006 pediu aos participantes que desenhassem a letra “E” em sua testa. Primeiro, porém, os voluntários foram condicionados a pensar em si como mais ou menos poderosos. O grupo mais poderoso tinha três vezes mais chances de desenhar o “E” em sua testa de forma que seria lido ao contrário pelos outros. A implicação, segundo os pesquisadores, é que as pessoas poderosas se tornam mais auto orientadas e se importam menos com as perspectivas dos outros.

Outra pesquisa de 2009 descobriu que as pessoas treinadas para pensar em si como poderosas eram mais propensas a acreditar que tinham controle sobre uma situação, mesmo que isso fosse uma atividade aleatória, como jogar dados.

Junte tudo e você tem a receita perfeita para a tirania: o gosto do poder, parar de observar ou ouvir os outros e, finalmente, começar a acreditar que você está no comando de eventos aleatórios.

Ainda assim, os estudiosos dizem que o poder não é de todo ruim – e nem de todo bom. A pesquisa sugere que o poder dá às pessoas a confiança nas crenças que elas já possuem, por exemplo.

Em 2007, um estudo pediu aos participantes para escreverem pensamentos positivos ou negativos e depois os levou a se sentirem mais poderosos. Aqueles que escreveram pensamentos positivos tornaram-se mais positivos, e os que tinham pensamentos obscuros tornaram-se mais negativos. A conclusão é que o poder amplia o que está na cabeça das pessoas; por isso, pessoas poderosas podem fazer mais bem ou fazer mais mal. E isso já é imprevisível.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

MUDANÇAS EXIGEM COMPORTAMENTO

 

Como pode uma Sociedade que se diz defensora da família, da moral e dos bons costumes e temente a Deus, se comportar de forma egoísta, negacionista, intolerante e violenta, como temos visto constantemente em nosso dia a dia.

Para que consigamos alcançar os objetivos de mudanças em nosso Brasil e no comportamento do povo brasileiro, devemos focar no progresso evolucionista, em especial pela defesa da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Condenemos enfaticamente a intransigência, o sectarismo político e religioso, a superstição, a tirania e a ignorância.

Defendamos a liberdade de expressão e combatamos o uso da violência, de qualquer tipo, para a consecução de nossos objetivos.

Não podemos aceitar ou deixaremos de combater o que consideramos ferir os princípios de nossa Sociedade.

Em função dessas considerações, vamos trabalhar contra as atitudes que contrariem os princípios sociais, principalmente aquelas que:

1. Incentivem a violência, de qualquer tipo;

2. Defendam posições derivadas dessas violências, como assassinatos e espancamentos;

3. Preguem censura à imprensa ou qualquer tipo de restrição às liberdades individuais e coletivas;

4. Defendam ditaduras, de quaisquer matizes ideológicas;

5. Defendam o uso da força nas disputas políticas;

6. Façam apologia ou defendam a tortura, o crime e outros abusos físicos ou psicológicos;

7. Discriminem pessoas por sua origem racial ou étnica, por gênero, condição social, orientação sexual, política e religiosa.

8. Combate constante a mentira, esse está sendo o maior desafio, pois a Fake News é uma arma letal que está sendo utilizada por aqueles que querem acabar com a democracia em nosso país.

Esses são alguns dos princípios para que possamos ter um Sociedade mais Justa e, porque não ariscar dizer, Perfeita.

Cabe a cada um de nós refletirmos a respeito e, em nosso dia a dia buscarmos as mudanças que tanto queremos, começando pelas nossas atitudes.

Fora Bolsonaro

 

MANIFESTAÇÕES CONTRA BOLSONARO NO BRASIL E NO EXTERIOR, NESTA SÁBADO, CONFIRMAM ÚLTIMAS PESQUISAS SOBRE RESPONSABILIDADE MAIOR DE BOLSONARO NA PANDANDEMIA DA COVID E NO DESGOVERNO DO PAÍS QUE O TORNARAM AINDA MA- IS DEPENDENTE DO CENTRÃO A PARTIR DE AGORA.

A última pesquisa do PoderData - entre os dias 19 e 21 de julho em 27 estados junto a 2.500 brasileiros selecionados com base em critérios (sexo, idade, região, escolaridade e renda) para dar mais representatividade à estratificação abaixo - mostra deteriorações crescentes das imagens do presidente da Re- pública e do seu governo.

A pesquisa, pouco divulgada do PoderData, foi antecedida de outras do Datafolha mas sem dados tão graves e detalhados. Ela mostra que Bolsonaro é responsabilizado por 51% dos brasileiros pela situação da pandemia do Covid 19 e a avaliação do trabalho dele é considerada ruim ou péssima por 56% dos brasileiros, ambos detalhados pelas suas respectivas estratificações com base nos critérios citados e todos desfavoráveis a Bolsonaro.

A consciência por ele do quadro cada vez pior levou-o a se entregar de corpo e alma à escória dos políticos brasileiros de partidos que fazem parte do Centrão, sob a liderança do PP presidido pelo senador Ciro Nogueira.

PAPEL PRINCIPAL DO NOVO MINISTRO SERÁ BARRAR DENÚNCIA CONTRA BOLSONARO NO MP E NO STF

O Centrão, em breve, estará no centro do poder Executivo porque Nogueira será o ministro da Casa Civil da Presidência da República depois de, com o apoio dela, o deputado Arthur Lira ter assumido o controle da Câmara. Nogueira e Lira são alvos de inquéritos no STF por ilegalidades diversas.

Antes estava em jogo apenas, por meio de Lira, barrar o possível impeachment de Bolsonaro por crimes de responsabilidade relacionados, em grande parte, as ações e omissões graves no combate à pandemia do Covid 19.

Mas agora, entre elas, inclui-se corrupção comprovada com as compras de vacinas envolvendo empresas intermediárias nomeadas ou não por laboratórios, entre eles o indiano produtor da Covaxin.

Ele cancelou seu contrato com a Precisa por causa de irregularidades (falsificações etc.) nas notas fiscais (invoices) apresentadas pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde na gestão do general da ativa Eduardo Pazuello.

Além do cancelamento pela ANVISA da análise para uso emergencial da Covaxin, o rompimento do contrato pelo laboratório indiano com a Precisa, piorará ainda mais a situação de Bolsonaro por prevaricação, após a denúncia recebida dos irmãos Miranda, sem falar as dos demais envolvidos do Ministério da Saúde

É, dentro deste contexto, que se inclui basicamente a nomeação de Nogueira por Bolsonaro para tentar viabilizar as aprovações no Senado das indicações deste dos nomes do advogado geral da União, André Mendonça ao STF e do procurador geral da República, Augusto Aras para ser mantido à frente do Ministério Público.

Texto: Cesar Francisco Alves

O MANÁ

O Maná do deserto provinha do alto para alimentar o povo hebreu na fuga para o Egito.

Esse alimento, porém, não podia ser guardado para o dia seguinte, pois se alterava e estragava; o povo devia confiar em Jeová, que diariamente o provia de seu maná celestial.

Moisés, pelos poderes de que dispunha, conseguiu conservar uma porção do maná, colocando-o hermeneuticamente fechado dentro de um vaso colocado dentro da Arca da Aliança. Essa Arca perdeu-se; se algum dia for encontrada, certamente teremos a solução do mistério.

O maná foi mais um ato de magia de Moisés. O maná é o emblema da mente que não é vista, nem apalpada, mas que existe, sendo todavia o alimento do cérebro.

Deus tem provido o necessário para o seu povo. Cada ser humano deve ter fé em seu
Deus, uma vez que ele jamais falha.

Aquele misterioso maná pode igualar-se às benesses que Deus dispõe para seus filhos.

É preciso não esmorecer e crer no que pareça impossível e irreal, porque todo mistério algum dia será revelado, seja em vida, seja depois da vida, em uma outra dimensão.

Devemos aceitar que Deus é seu protetor e provador.

Assim sendo, a vida transcorrerá mais feliz.

Quando Deus tirou seu povo da escravidão do Egito rumo à Terra Prometida, Ele os guiou pelo deserto onde não podiam plantar e colher, o que os levou a murmurarem contra o Senhor e contra Moisés. Por outro lado, Deus queria que os israelitas dependessem totalmente da provisão divina para seu sustento. O livro de Êxodo nos conta que Deus lhes enviou pão do céu. E isto aconteceu por um período de quarenta anos (Dt 8.2-3). Leia o relato bíblico:

“E partindo de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois de sua saída da terra do Egito. E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto. E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão. Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não. E acontecerá, no sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia. Então disseram Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o Senhor vos tirou da terra do Egito, e amanhã vereis a glória do Senhor, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o Senhor. E quem somos nós, para que murmureis contra nós? Disse mais Moisés: Isso será quando o Senhor à tarde vos der carne para comer, e pela manhã pão a fartar, porquanto o Senhor ouviu as vossas murmurações, com que murmurais contra ele. E quem somos nós? As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o Senhor. Depois disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença do Senhor, porque ouviu as vossas murmurações. E aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem. E o Senhor falou a Moisés, dizendo: Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus. E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial. E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra. E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes pois Moisés: Este é o pão que o Senhor vos deu para comer”. (Êxodo 16.1-15)

O último versículo diz que ao verem o maná, que era algo novo, jamais visto, os israelitas começaram a perguntar uns aos outros “O que é isto?”, do som desta pergunta feita no hebraico é que surgiu o nome “maná”, que significa “o que é isto?”. Contudo, além do significado literal da palavra, o maná tem uma mensagem simbólica na Bíblia.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

PROJETO DE LEI Nº 2242/21 - Projeto obriga unidades da saúde a manter quantidade de enfermeiros recomendada pelo Cofen

 

A presente proposição é uma medida urgentíssima para a sociedade brasileira, pois visa garantir uma melhor segurança no atendimento de saúde prestado à demanda da clientela, principalmente em situações com necessidades de assistência mais complexas. 

Atualmente, as Instituições e serviços de saúde públicos e privados apresentam um quantitativo de pessoal de enfermagem insuficiente para as demandas de atendimento, situação que leva à sobrecarga de trabalho da equipe de Enfermagem, também dificultando a adoção de medidas para a qualidade da assistência prestada. Ou seja, o adequado dimensionamento de pessoal de enfermagem está diretamente relacionado à segurança do paciente/cliente/usuário.

A regulamentação da matéria, assim, é fundamental para que se dê efetividade à questão, pois não podemos deixar de apontar, que um dos reflexos de falta de pessoal de enfermagem suficiente no Sistema Único de Saúde é a ampliação da demanda reprimida na assistência, especialmente na área de média complexidade. 

O adequado dimensionamento de pessoal de enfermagem constitui-se em uma valiosa ferramenta de gestão, auxiliando no processo decisório relacionado a recursos humanos, produtividade, relação custo-benefício e, acima de tudo, auxilia na manutenção de ambiente laboral saudável para os profissionais da enfermagem e, consequentemente, uma assistência eficaz. Numa análise sistemática da Constituição, a matéria deve ser veiculada por lei ordinária, de âmbito nacional para evitar disparidades regionais, colaborando para o alcance da efetividade da regra art. 198, II, da Constituição.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA

domingo, 1 de agosto de 2021

VAMOS JUNTOS RECONSTRUIR O BRASIL - II

Foi necessário corromper o processo eleitoral de 2018, por meio de uma farsa judicial consentida e estimulada por poderosos agentes do sistema político e da mídia, rasgar os princípios constitucionais do juízo natural, do direito de defesa, da presunção de inocência e até desacatar uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) para impedir que o voto do povo elegesse Lula presidente outra vez. Foi necessário envenenar a sociedade com o ódio destilado nas fábricas de mentiras das milícias digitais, para fazer a História andar para trás.

Mas a História de um país não se interrompe. Por mais duras que sejam as condições do presente, por mais devastadora que tenha sido a destruição, o povo brasileiro continua sonhando com uma vida melhor e um Brasil mais justo. Esta é a verdadeira energia que move as mudanças. Provamos que é possível tirar milhões da pobreza, criar empregos para todos, levar os jovens para a universidade, viver na certeza de que o amanhã será melhor. Se tivermos clareza de onde queremos chegar, podemos construir um novo caminho. É para o povo brasileiro que o Partido dos Trabalhadores (PT) apresenta este Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil.

É preciso apontar as medidas para enfrentar os efeitos imediatos da pandemia sobre a saúde e a economia, desde a realização dos testes que foram sonegados pelo governo Bolsonaro até o socorro às milhões de famílias que perderam o sustento nesse período. São efeitos que vão se prolongar dolorosamente sobre as empresas, especialmente as pequenas, a renda e o salário das pessoas, a vida escolar e a capacidade financeira dos estados e municípios, gravíssimos problemas que Jair Bolsonaro recusou-se a enfrentar, em sua aposta macabra para tirar proveito político de uma crise que, até este momento, já custou mais de 555 mil vidas.

É urgente retomar obras e investimentos públicos para enfrentar o maior e mais prolongado período de desemprego das últimas décadas; ampliar o alcance e aumentar o valor do Bolsa Família e do seguro-desemprego, para enfrentar a pobreza crescente e a fome que voltou a assolar o país. É urgente reorganizar a cadeia produtiva da cesta básica, apoiando a agricultura familiar que põe comida na mesa do brasileiro, regulando estoques e combatendo a especulação com o preço dos alimentos. É inadiável cuidar de quem está sofrendo. Ao mesmo tempo, é preciso dizer como pretendemos reconstruir as bases do desenvolvimento inclusivo, social e ambientalmente sustentável. Promover a transição ecológica da economia, a reforma urbana e retomar a reforma agrária. Aprovar uma reforma tributária justa e solidária, para que os ricos paguem mais e a maioria seja aliviada, e a reforma bancária para democratizar o acesso ao crédito e reduzir os juros e taxas extorsivas.

 
Além de reverter o processo desmonte do estado brasileiro, será necessário torná-lo mais forte e presente, capaz de responder democraticamente e de maneira eficaz às necessidades do país e aos justos anseios da maioria pobre e excluída de nosso povo.

A reconstrução do Brasil exige fortalecer a democracia, traumatizada pelos processos do golpe de 2016 e da cassação da candidatura Lula em 2018, para torná-la cada vez mais representativa e também suas instituições.

O conjunto de ideias que apresentamos, para fortalecer a democracia e o estado a serviço do país e do povo, para a adoção de medidas econômicas de emergência e de longo prazo, a recuperação de direitos dos trabalhadores e a retomada da soberania nacional apontam os primeiros passos de um novo caminho para reconstruir e transformar o Brasil.

Este documento é fruto dos debates e reflexões de centenas de companheiros e companheiras não apenas do PT, mas de amplos setores democráticos da sociedade, movimentos sociais, centrais sindicais, dirigentes e militantes de diversos partidos que fazem oposição ao atual governo e têm como referência as aspirações populares por justiça social. É um caminho que já começamos a trilhar juntos, por exemplo, com a indicação de que “urge avançar na construção da mais ampla frente em defesa da Vida, da Democracia e do Emprego”, conforme recente manifesto das fundações partidárias do PSOL, PSB, PDT, PCdoB, PT e PROS.

Apesar de sua amplitude, o Plano que apresentamos não está pronto e acabado. Além de continuar aberto ao debate e à natural evolução da conjuntura social, econômica e política nacional e global, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil terá de incorporar propostas mais elaboradas para temas novos ou que foram recoloca- dos para o país, como por exemplo o papel constitucional das Forças Armadas no estado democrático e o impacto das novas tecnologias sobre as relações de trabalho.

Qualquer que seja a evolução dos debates e desta proposta, estamos seguros de que o Brasil não pode mais conviver com um governo declaradamente inimigo da democracia, da liberdade, do direito e da paz. A superação da profunda crise nacional passa necessariamente pelo fim do governo Bolsonaro e pela instalação de um governo que seja fruto do voto popular, em eleições livres e limpas, com a participação de todas as forças políticas sem exceção, o que exige o restabelecimento pleno dos direitos do ex-presidente Lula, com a anulação da sentença ilegal de Sergio Moro no julgamento de sua suspeição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Também estamos seguros de que não cabem, para enfrentar a crise nacional, as velhas saídas negociadas por cima, entre os sócios da iniquidade, como ocorreu em tantos momentos históricos, sempre relegando ao povo o papel de expectador. Ou o povo estará no centro da reconstrução e da transformação do Brasil, ou vamos continuar reproduzindo os mecanismos da desigualdade secular em nosso país, uma desigualdade que não pode ser mais tolerada em qualquer lugar do mundo. Nas palavras do papa Francisco, que exerce enorme liderança moral num mundo contaminado pelo individualismo e pela ganância: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”.

No discurso que fez ao Brasil no Sete de Setembro, o presidente Lula expressou com absoluta clareza as raízes profundas da crise brasileira, que não se resume aos efeitos da pandemia, do modelo neoliberal e do governo de destruição que estão sendo impostos aos Brasil.

“Jamais haverá crescimento e paz social em nosso país enquanto a riqueza produzida por todos for parar nas contas bancárias de meia dúzia de privilegiados”, disse Lula, ao propor a reconstrução de “uma Nação comprometida com a libertação do nosso povo, dos trabalha- dores e dos excluídos”.

É para o povo brasileiro, portanto, que o PT apresenta este plano. Vamos, juntos, reconstruir o Brasil.

 

GLEISI HOFFMANN, presidenta do Partido dos Trabalhadores

ALOIZIO MERCADANTE, presidente da Fundação Perseu Abramo

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