terça-feira, 15 de junho de 2021

EXEMPLO PARA NUCA SER SEGUIDO

Quando a covid-19 explodiu no mundo, Trump estava com a reeleição no bolso, a economia americana estava voando e o partido democrata dilacerado pelas sangrentas primárias.

Foi dali que veio a formuleta "gripinha" + "cloroquina", a prioridade do Trump foi proteger o crescimento da economia, e os inimigos eram o "lockdown" dos governadores e a China que produziu o vírus para dominar o mundo. Mas o Mr. President não deixou de investir pesado nas vacinas.

Bolsonaro importou inicialmente a mesmíssima formuleta e o mesmíssimo discurso anti-China americano com o apoio dos véios da Havan da vida, dos empresários sanguessugas "temos que preservar os empregos" (o lucro, né?) e dos ministros puxa-sacos.

Lá pelo fim de maio começaram a pipocar os estudos que indicavam que a cloroquina não era apenas ineficiente contra a covid-19, como o seu uso sem supervisão médica trazia sérios riscos para a saúde. O FDA, a principal autoridade de vigilância sanitária norte-americana, revogou em maio o uso emergencial da cloroquina e o Trump resolveu doar o estoque remanescente ao Brasil. E claro, acelerou os investimentos em vacinas.

Mas o Bolsolini com a cumplicidade do CFM, de médicos irresponsáveis e dos aproveitadores de sempre liderados pelo Arthur Weintraub em parceria com o Osmar Terra (o tal gabinete paralelo) continuou na contramão do mundo a incentivar o uso e produção (incluindo no exército) da cloroquina, agora no "combo" com a ivermectina (o kit do tratamento precoce) e sabotar as medidas de isolamento dos governadores.

Trocou o Teich "anti-cloroquina" pelo Pazuello, "um manda o outro obedece", e o Carluxo colocou a escumalha bolsonarista nas redes para polarizar: "saúde vs. economia”, "cloroquina vs. isolamento", "Bolsonaro vs. governadores e prefeitos", “Bolsonaro vs. STF", "Bolsonaro vs. Mídia", "Brasil vs. China".

E quando o Dória, o "calça apertada", aproveitou a oportunidade para faturar os dividendos políticos de um projeto da vacina chinesa no Butantan, Bolsolini passou a direcionar a artilharia da horda digital contra as vacinas: do virar jacaré à "vachina" e orientou o Pazuello a atrasar as negociações não apenas com o Butantan, mas com todas as farmacêuticas globais.

Não precisa de CPI nenhuma para descobrir isso, é só reler as manchetes dos jornais desde fevereiro do ano passado. Bolsonaro não é um idiota, tanto a estratégia "pró-cloroquina", "anti-isolamento" como não ter vacinas foram projetos meticulosamente planejados e implementados sob sua orientação. E o discurso de "polarização" foi articulado pelo Carluxo com a cumplicidade das redes bolsonaristas e dos idiotas de sempre.

E pouco importa o nome que a história dará a essa barbárie: genocídio, extermínio em massa, crime contra a saúde ou qualquer outro que as conveniências políticas decidirem. A única coisa que não dá mais para escolher são os nomes das quase quinhentas mil vítimas desse assassinato em massa, lembrando que a tragédia está longe de acabar.

Mas já vimos esse filme antes, né? No Brasil, a impunidade do andar de cima é a regra do jogo, e os Brilhantes Ustras da vida são heróis dos imbecis manipulados de sempre. E claro que será conveniente para a esquerda concordar com uma "anistia ampla geral e irrestrita".

E viva a Copa América.

Por Juarez Q Campos

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