Quando o temporal parece haver destruído toda a paisagem, congregam-se as forças divinas da vida para a obra do refazimento e da reconstrução.
O sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão; o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos; o cântico das aves substitui a voz do trovão; a planície recebe a enxurrada, sem revoltar-se, e converte-a em adubo precioso.
O ar que suporta o peso das nuvens e o choque da faísca destruidora, retorna à leveza e à suavidade; a árvore de frondes quebradas ou feridas se regenera, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos.
Percebemos que a nossa mãe-terra, sofre a chuva de granizos e o banho de lodo, mas nem por isso deixa de engrandecer o bem, propiciando o germinar das boas sementes para a farta colheita.
Por que conservaremos, nós humanos, por nossa vez, o fel e o azedume do mal na intimidade do nosso coração?
Aprendamos também a receber a visita das adversidades, transformando as suas energias negativas em positividades a proveito da vida. A ignorância é apenas uma grande noite que cederá lugar ao sol da sabedoria.
Sigamos o exemplo da natureza, e reciclemos todas as "lamas" e "detritos" internos do nosso dia a dia transformando-os em bençãos a nosso favor e de todos que nos cercam. E com este propósito, tenhamos um excelente domingo!
Um abraçaço!
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